Vitorino tem entre 7 a 10 meses de vida.
Um diagnóstico fatal mostra-lhe que a morte é mesmo um assunto pessoal, e que mais cedo do que mais tarde, todos vamos ter que lidar com ela.
Vitorino é um homem comum, de fato e gravata, que vai à procura desses últimos meses, numa partilha com o público que tem tanto de calma como de alucinante, que baloiça entre a inocência, a coragem, e a constante capacidade de se auto-surpreender.
Tal como no livro de José Saramago, as Intermitências da Morte, em que a morte se curva perante uma suíte de Bach, Vitorino convida-nos a fazer uma vénia à beleza.
Afinal, como seria a nossa morte se soubéssemos quanto tempo nos resta de vida?